O governo chinês acaba de doar à Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM) diverso equipamento, nomeadamente, veículos de assalto, camiões militares, detectores de minas, geradores e equipamento de protecção pessoal, entre outro material.

 

De acordo com uma declaração da União Africana (UA), as autoridades chinesas também ofereceram à SAMIM camas, colchões, computadores, impressoras, câmeras, móveis para conferências, projectores, sistemas de som e outros acessórios.

 

Uma delegação da Comissão da UA testemunhou a entrega da doação chinesa à missão militar do bloco regional em Moçambique durante uma missão de campo em meados deste mês à cidade portuária de Pemba. A oferta foi entregue ao Chefe da SAMIM, Professor Mpho Molomo, e ao pessoal sénior da missão.

 

A delegação do bloco continental foi liderada pelo Director de Gestão de Conflitos, Alhaji Bah, que incluía funcionários do Departamento de Assuntos Políticos, Paz e Segurança. A missão, de acordo com a declaração, “foi realizada no contexto da prestação de apoio da Comissão da UA à SADC para aumentar o envolvimento e os esforços conjuntos no apoio ao governo e ao povo moçambicano na abordagem da crise protagonizada por grupos terroristas que operam em algumas partes da província de Cabo Delgado”.

 

Durante a sua estadia em Moçambique, a delegação da UA reuniu-se com a liderança da SAMIM para discussões sobre a implementação do mandato da missão, apoio adicional da União Africana e “outras áreas de possível colaboração”.

 

A presença da missão no terreno é um “testemunho” do compromisso da Comissão da UA em “trabalhar em estreita colaboração com as comunidades económicas regionais e os mecanismos regionais (CER/MR) para enfrentar os desafios de paz e segurança no continente”.

 

Os países contribuintes de tropas (TCCs) para a SAMIM são: Angola, Botswana, República Democrática do Congo (RDC), Lesotho, Malawi, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe, com o Ruanda a fornecer um contingente militar a parte, a pedido do Presidente Filipe Nyusi.

 

A missão militar da SADC para Moçambique envolvida no combate ao terrorismo em Cabo Delgado foi prorrogada por um período de 12 meses, a partir de 16 de Julho deste ano.

 

A SAMIM foi criada em meados de 2021 como uma iniciativa de paz do bloco regional para restaurar a paz em Cabo Delgado dos insurgentes ASWJ (Al-Sunna Wa-Jama’ah), activos desde 2017. Catorze meses após a sua activação como força militar completa, já transitou para uma missão multidimensional realizando operações combinadas com a polícia, serviços correcionais e participação civil. (Defenceweb)

Fonte: Carta de Moçambique

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