O Ferroviário da Beira estará isento da primeira eliminatória de acesso à fase final da Liga Africana de Basquetebol. O treinador diz que a equipa vai ter mais tempo para preparar a sua presença na prova.

A caminhada para a segunda participação dos campeões nacionais na prestigiante Liga Africana de Basquetebol já se avizinha e, com ela, surge uma boa nova: o Ferroviário da Beira está apurado, automaticamente, à segunda eliminatória de acesso à fase das Conferências da prova.

A medida, aprovada pelo Comité que dirige a BAL, vai, igualmente, abranger todas as equipas que disputaram a fase das Conferências em 2022 e que se tornaram campeãs nos respectivos países.

“Para mim este privilégio é fruto do trabalho que realizamos na época anterior, qualificamos para a fase das 12 melhores clubes de África e isso faz com que tenhamos o direito a não participar na 1ª janela e só estar na segunda. Por um lado é bom, por outro lado não é. Porque nos dá mais tempo para a preparação, ou seja, teremos a possibilidade de treinar muito mais, sobretudo quando chegares os estrangeiros. Por outro lado, não poderemos ganhar rodagem, algo que obteríamos na primeira janela de apuramento”, disse Luís Hernandez.

Entretanto, a falta de provas, em Sofala, é algo que preocupa o técnico, uma vez que a segunda janela de qualificação é ainda mais competitiva.

“Este é um problema grave aqui na Beira, como em Moçambique todo, mas especialmente na Beira, devido a falta de competições. Ciente desta fragilidade, acho melhor não participar na primeira eliminatória. Vamos a esta segunda eliminatória depois de disputar o Campeonato Nacional.

Luís Hernandez alerta, porém, “este ano vai ser mais difícil ainda, porque se na primeira janela há dois lugares qualquer jogo vai ser muito difícil. Todas as equipas estão a acordar porque sabem que a Liga Africana de Basquetebol é uma prova aliciante e os países estão a investir na prova”.

Hernandez diz que ainda não garantiu reforços, isto porque as apostas do Ferroviário da Beira têm estado na mira de outros clubes. Destaque para WillIiam Perry, base que recebeu ofertas de França, Espanha e Portugal.

“Estamos a lutar, mas ainda não temos resposta do nosso patrocinador, por isso ainda nem garantimos os nosso reforços da época passada. Neste momento eles estão a ganhar muitas ofertas devido ao seu desempenho e à qualidade deles. Por exemplo, o nosso base Will Perry, que foi MVP (melhor jogador) do último Campeonato Nacional recebeu oferta de França, Espanha e Portugal. Este é um momento crucial para nós termos um orçamento suficiente para poder competir, talvez não ao mesmo, com outros clubes para ter a ele connosco, porque ele gostou de Moçambique, da Beira, deste povo, mas não é tudo, precisamos fazer uma boa oferta”, avançou.

Hernandez tem boas perspectivas para a participação dos “locomotivas” da Beira na III edição da Liga Africana de Basquetebol.

“Esperamos dar o nosso melhor, mas não vamos fazer previsões de números. Vai ser a nossa segunda presença, por isso deve ser melhor que a anterior, até porque todo o país está a perceber a importância desta prova. É um investimento brutal da NBA em África e todos querem estar lá”, garantiu.

Na edição passada, lembre-se, a equipa falhou o acesso aos quartos-de-final com um registo de uma vitória e quatro derrotas.

Fonte:O País

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