Homens-bomba atacaram dois oficiais de segurança sírios em Homs neste sábado, matando dezenas com armas de fogo e explosivos, incluindo um alto oficial de governo, e provocando ataques aéreos contra o último enclave rebelde na cidade.
A aliança jihadista rebelde Tahrir al-Sham afirmou nas mídias sociais que cinco homens bomba realizaram o ataque, celebrado com as palavras “graças a Deus”, mas não chegou a reivindicar responsabilidade explicitamente.
Apesar de o governo do Presidente Bashar al-Assad controlar a maior parte de Homs desde 2014, rebeldes ainda controlam o distrito de al-Waer, bombardeado por aviões de guerra no sábado, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, ferindo 50.
O ataque ocorre no momento em que delegações do governo e oposição se reúnem para conversas de paz em Genebra patrocinadas pelas Nações Unidas. A Tahrir al-Sham se opõe às negociações e combateu facções que estão representadas lá.
O ataque jihadista deste sábado começou com confrontos perto de uma unidade de segurança militar no distrito de al-Mohata e uma unidade de segurança de estado no distrito de al-Ghouta antes de os atentados suicidas atingirem ambos os locais, segundo reportagem da mídia estatal.
O chefe da segurança militar, general Hassan Daaboul, foi morto junto com outros 29 em al-Mohata, enquanto outras 12 pessoas foram mortas em al-Ghouta, disse o Observatório. A mídia estatal divulgou um número mais baixo, de 32 pessoas mortas.
“Cinco homens-bomba atacaram duas unidades de segurança estatal e segurança militar em Homs… graças a Deus”, disse Tahrir al-Sham em comunicado na rede social Telegram.
A Tahrir al-Sham foi formada mais cedo neste ano a partir de diversos grupos, inclusive o Jabhat Fateh al-Sham, antigamente conhecido como Frente al-Nusra e que era uma unidade da al Qaeda síria até quebrar a aliança formal com o movimento jihadista global em 2016.
Desde que foi formada, a Tahrir al-Sham combateu outros grupos rebeldes, incluindo alguns que lutam sob a bandeira do Exército Sírio Livre, bem como uma facção ligada ao Estado Islâmico, no noroeste da Síria. A aliança é crítica de grupos do Exército Sírio Livre por tomarem parte nas negociações de paz.