Quando faltam apenas quatro jornadas para o fim do Moçambola 2021, a Black Bulls e o Ferroviário da Beira são as únicas equipas que, matematicamente, ainda podem conquistar o título nacional. Em sentido contrário, a partir da 9ª posição até ao último classificado, todos podem ainda descer de divisão.

São quatro jornadas que ainda faltam por disputar até ao final do Moçambola 2021, que poderá conhecer o seu epílogo na primeira semana de Novembro próximo. Até lá, são 12 pontos que podem ser alcançados pelas equipas que disputam a prova, com a luta a se mostrar acesa até ao último minuto.

No que diz respeito à luta pelo título, apenas duas equipas ainda podem festejar no final da prova, nomeadamente Associação Black Bulls e Ferroviário da Beira.

É que com 12 pontos por disputar, e tendo em conta que os “touros” estão na frente com 51 pontos, os dois Ferroviários que estão em terceiro classificado, ambos com 38 pontos, ainda que vençam todos os jogos e a Black Bulls perca todos os jogos, não conseguem chegar ao topo.

Apenas os “locomotivas” de Chiveve, que somam 46 pontos, podem ainda ultrapassar os “touros” nesta disputa, uma vez que estão separadas por cinco pontos, ou seja, duas derrotas da turma de Tchumene, ou uma derrota e dois empates, aliadas a duas vitórias da turma da Beira, as coisas na frente da tabela classificativa mudam.

 

FERROVIÁRIO DA BEIRA COM JOGOS ACESSÍVEIS

Dos dois únicos candidatos à conquista do título, os “locomotivas” de Chiveve parecem os que mais jogos acessíveis terão nas últimas quatro jornadas, contrariamente aos “touros”. A turma de Akil Marcelino visita o Desportivo Maputo este sábado, com possibilidades de somar os três pontos, para depois receber o seu homónimo de Nacala, com a qual pode sair vitorioso, antes de visitar o Complexo Desportivo de Tchumene, onde vai decidir a conquista do título diante da Black Bulls, na penúltima jornada.

Em caso de chegar à última jornada com vantagem, os “locomotivas” podem festejar a conquista do título em casa, no “caldeirão”, quando receberem os “fabris” do Planalto, certamente com a sua decisão de manutenção ou não já resolvida.

Por outro lado, os “touros” terão que usar da sua força interior e derrubar “gigantes”, para conquistar o seu primeiro e histórico título nacional, na sua primeira aparição na alta-roda do futebol moçambicano.

E a saga inicia já este domingo, quando receber o Costa do Sol. Uma partida nada fácil para as aspirações da turma de Tchumene. É que os “canarinhos” assumiram o desejo de terminar no pódio, ou seja, numa das três primeiras posições, sendo que já com a questão do título resolvido, a turma de Artur Semedo fará das tripas coração para terminar, no mínimo, na terceira posição, tendo as oposições dos Ferroviários de Lichinga e de Maputo, e da União Desportiva de Songo, para além da Associação Desportiva de Vilankulo.

Depois desse duro embate diante dos “canarinhos”, a Black Bulls visita a outra equipa sensação desta prova, o Ferroviário de Lichinga, equipa que só perdeu uma vez em sua casa, diante do Ferroviário da Beira, na primeira vez que jogou no Municipal 1º de Maio, por isso a prever-se muitas dificuldades para a turma de Hélder Duarte.

Tal como se disse, na penúltima jornada a Black Bulls recebe o Ferroviário da Beira, naquele que é considerado o jogo do título, com a particularidade de, na primeira volta, as duas equipas terem se equilibrado, ou seja, o jogo terminou com nulo.

Na última jornada, que pode ser para consolidação do título, os “touros” deslocam-se ao canavial, para defrontar o Incomáti de Xinavane, também já com a situação da manutenção regularizada.

Por isso, serão quatro semanas de muita adrenalina e emoção, no que ao título diz respeito, com “touros” e “locomotivas” a serem os únicos que ainda podem lutar pelo título.

 

PÓDIO TAMBÉM EM DISPUTA

Se a questão da liderança ainda é uma incógnita ainda mais atraente, com as duas primeiras posições quase que garantidas para a Black Bulls e o Ferroviário da Beira, faltando apenas saber quem termina em primeiro e quem fica na segunda posição, a disputa pelo último lugar do pódio vai ser ainda mais acesa.

O Ferroviário de Lichinga e a União Desportiva de Songo, ambos com 38 pontos, os “hidroeléctricos” com menos um jogo, o Ferroviário de Maputo com 35, a Associação Desportiva de Vilankulo, com 32, os mesmos do Costa do Sol, também com menos um jogo, são as equipas que ainda podem fechar o pódio.

A luta será bastante acesa, principalmente quando, na próxima quarta-feira, o Costa do Sol receber a União Desportiva de Songo em jogo de atraso do Moçambola.

Mas a próxima jornada, esta que terá lugar no final de semana, será determinante para as aspirações de cada uma das equipas que vão disputar o terceiro lugar.

 

PRIMEIRAS OITO EQUIPAS GARANTEM MANUTENÇÃO

Quanto à luta pela manutenção, já há certezas. Black Bulls, Ferroviário da Beira, Ferroviário de Lichinga, União Desportiva de Songo, Ferroviário de Maputo, Associação Desportiva de Vilankulo, Costa do Sol e Ferroviário de Nacala tem a manutenção assegurada.

Com quatro jogos e 12 pontos por disputar, o Ferroviário de Nacala, com 28 pontos, só garante a manutenção porque, ainda que perca todos os jogos e o Matchedje de Mocuba, primeiro abaixo da linha d’água, com 16 pontos, vença todos os jogos, o máximo que consegue é alcançar em pontos a turma de Nacala, sem no entanto chegar a ultrapassá-lo, pois em termos de confronto directo os “locomotivas” levam vantagem por terem vencido nos dois jogos entre ambos.

O Desportivo Maputo, penúltimo com 15 pontos, e o Textáfrica de Chimoio, com 12, vencendo os quatro jogos não alcançam o Ferroviário de Nacala.

Assim, do 10º lugar, ocupado pela Liga Desportiva de Maputo, com 27 pontos, passando pelo Ferroviário de Nampula (25), até ao 11º posto, onde está o Incomáti de Xinavane (21), todos podem ainda ser ultrapassados pelas duas equipas que estão na 12ª e 13ª posições, na tabela classificativa e descerem de divisão. Para tal, basta que percam seus jogos e os “militares” e “alvi-negros” vençam todos eles, para haver troca.

No caso do Textáfrica, uma derrota neste final de semana, na deslocação a Maputo para defrontar a Liga Desportiva de Maputo, é o adeus definitivo de garantir a manutenção segura, o que fará com que comece a preparar a liguilha o mais cedo possível. Já a Liga Desportiva de Maputo precisa apenas de vencer para assegurar a manutenção.

Mesmo para o caso do Desportivo Maputo, em caso de derrota nesta jornada, na recepção ao Ferroviário da Beira, aliada a uma vitória do Incomáti de Xinavane, também estará arredada de disputar vaga normal na manutenção.

Os resultados do final de semana ditarão o futuro das cinco equipas para a próxima edição do Moçambola, em 2022.

Fonte:O País

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