Antiga presidente do Malawi Joice Banda acusada de se ter beneficiado de negócio de armas

A Rede de Combate a Crimes Financeiros dos Estados Unidos da América, acusa a antiga presidente do Malawi Joice Banda de ter se beneficiado de lucros de um negócio de armas.

 

Joice Banda, juntamente com o antigo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, são apontados pela FinCen, rede que controla os delitos financeiros do departamento do tesouro dos EUA, como prováveis beneficiários de negócios de material bélico, envolvendo o fornecedor de armas baseado na África do Sul, o Grupo Paramount.

Durante os dois anos de governação de Joice Banda, o grupo Paramount celebrou com o governo, um contrato para fornecimento de barcos de patrulha nas águas do lago Malawi.

De acordo com o jornal malawiano The Nation, o envolvimento da antiga estadista malawiana, Joice Banda, consta de um relatório entregue pelo Barclays Bank sob encomenda do Orbis Business Intelligence.

O relatório refere que o contrato de patrulhamento do lago Malawi, era de 145 milhões de dólares.

Na altura, o governo sob liderança da antiga presidente do Malawi, Joice Banda, celebrou igualmente um contrato com a Bell Pottinger uma firma de relações públicas do Reino Unido, que tinha como objectivo apoiar o executivo a divulgar as acções de luta contra a corrupção.

A investigação movida pela FinCen, descobriu que a Bell Pottinger recebeu financiamento da Ichikowitz Family Foundation, proprietária da Paramount Group, empresa que fornecia o material de defesa ao Malawi.

O grupo Paramount confirmou ter feito 29 pagamentos no valor de 585 mil 245 dólares a Bell Pottinger entre Janeiro de 2012 e Dezembro de 2013 após o pagamento para a aquisição dos barcos de patrulha, pelo governo da Joice Banda.

Reagindo a esta informação, a antiga presidente do Malawi, Joice Banda, disse que não infringiu nenhuma lei ao celebrar contrato com o grupo Paramount, tendo sublinhado que não esteve directamente envolvida na aquisição dos barcos de patrulha.

Esclareceu que o contrato para a aquisição de barcos de patrulha, foi assinado pelos ministérios das finanças e da defesa nacional, tal como rege a lei malawiana.

Entretanto, as duas firmas citadas neste processo escusaram-se a fazer qualquer comentário sobre assunto, de acordo com o jornal malawiano The Nation. (RM Blantyre)

Fonte:Rádio Moçambique Online

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *