A África do Sul continua a contar com a energia que será produzida na hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa para resolver a crise de energia que enfrenta. As informações foram avançadas, esta terça-feira, à tarde, durante uma conferência de imprensa, dirigida pelo Alto Comissário da África do Sul, que diz ainda que as negociações com Moçambique estão avançadas.

Numa conferência de imprensa em que se falou de tudo um pouco, o diplomata sul-africano, Siphiwe Nyanda, avançou que o seu país ainda não tem previsão para o fim da crise energética que enfrenta. Repisou que há negociações com Moçambique para que façam parte do projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, que deverá ser a segunda maior hidroeclétrica nacional.

“Não temos a mesma capacidade que Moçambique tem. Por isso o nosso país pretende fazer parte do projecto Mphanda Nkuwa. Calculamos, de acordo com o que avança o Ministério da Electricidade, que em dois anos os frequentes cortes de corrente eléctrica farão parte do passado”, disse Siphiwe Nyanda.

Para depois defender que a África do Sul justifica o seu compromisso para que em dois anos, os cortes frequentes de corrente eléctrica, seja um problema do passado”, garantiu.

O diplomata abordou as relações económicas e comerciais entre Moçambique e África do Sul, tendo assumido que o volume de investimentos sul-africanos no território moçambicano baixou significativamente nos últimos anos.

“O comércio entre Moçambique e a RSA está em torno de 110 mil milhões, mas estão divididos. Moçambique, talvez, tem 10 mil milhões; há um equilíbrio comercial do que Moçambique vende à RSA e o que esta vende a Moçambique, porque é algo natural. Exportamos quase tudo para Moçambique.”

O Alto Comissário da República sul-africana defende que Moçambique e África do Sul sempre tiveram relações cordiais, e por isso mesmo, garantiu-se que fossem estancados os ataques contra moçambicanos naquele país. Contudo, alerta que actos de violência contra estrangeiros ocorrem em toda a região Austral.

“África do Sul e Moçambique têm uma relação histórica. Moçambique tem contribuido na construção da economia sul-africana. Há moçambicanos que trabalham nas minas sul-africanas. Sempre mantemos a cooperação entre as lideranças. Não é apenas uma responsabilidade dos governantes sul-africanos. É também responsabilidade do Governo moçambicano. Devemos trabalhar com as metas definidas de maneira conjunta.”

De acordo com Siphiwe Nyanda, há ao todo 400 cidadãos sul-africanos detidos nas prisões moçambicanas, à espera de serem extraditados para a África do Sul.

Fonte:O País

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